
Tenho visto as mudanças acontecerem, estou aqui de camarote só me divertindo com isso. Algumas delas não são motivos de alegria mais me faço omissa e festejo, as outras até que tem um fundo feliz então uso das poesias que já li e me alegro como nunca,com toda sinceridade.
Tenho visto as coisas fora do lugar, as vejo correndo de seus deveres, acho graça e as deixo voar. Não faço nenhum esforço pra deixá-las em seu devido lugar porque por mais que saiba que as coisas necessitam de uma ordem não tenho certeza qual ordem é essa. Essa ordem correta que tanto pregam, que eu prego, que tentamos descobrir. Todos têm a sua ordem natural, não me acho inteligente ao ponto de mudar.
Tenho visto os armários mudarem de cores e as paredes aumentarem, tenho visto mesmo tudo isso e não sei se queria ver, nem sei o que queria ver. Gosto mesmo é da tranqüilidade, gosto é do branco. Gosto do tempo que as posturas não mudavam tanto, gostava de dormir. Gosto de cheiro de chuva, de balançar na rede. Gosto do tempo de inocência. Gostava do tempo em que elogio de verdade era fazer a palavra mãe como adjetivo e não de dar a mãe o adjetivo de coca cola.Gosto de lembrar, lembrar de coisas boas, sabe algumas pessoas mortas vivem em mim hoje.Gosto de ver e esquecer.
Por Érica Samara
" Gostava do tempo em que elogio de verdade era fazer a palavra mãe como adjetivo e não de dar a mãe o adjetivo de coca cola."
ResponderExcluirGenial, Novamente!