
As cartas estão fazendo montes no meu quarto elas se espalham com muita facilidade e na medida dos meus sentimentos. No armário elas já se misturam com as roupas e a cada novo ‘modelito’ um sentimento nostálgico. E as correspondências não param de chegar. A cada novo dia o carteiro trás envelopes de todos os tamanhos e cores, cada um tem sua importância e qualidade. Quanto ao conteúdo tenho certas duvidas, nunca estou segura. Na maioria das vezes ninguém nunca vai saber só eu posso lidar com essas informações sentimentais. Em alguns outros casos eu divido com alguém, peço conselhos, troco idéias e ate choro. Esse alguém não é escolhido aleatoriamente, é escolhido a dedo pra dividir as minhas informações. Talvez ele não se pareça comigo e ache um absurdo tais escritos, mas ele se importa. Esse alguém tem a alma boa e sincera por isso foi o escolhido. As cartas empilhadas fingem que estão esquecidas e se deixam esconder mas com apenas uma forçinha da mente eu as encontro. Todos esses escritos servem para guardar a minha historia, tampar a vaguidão de uma tarde de domingo e clarear a minha memória no momento de esquecimento. Às vezes tento mudar de casa mais as cartas não deixam.
Por Érica Samara
Clap! Clap! Clap!
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